Michel Foucault, uma entrevista: sexo, poder e a política da identidade.
Michel Foucault.*
— Você sugere em seus livros que a liberação sexual não é tanto o colocar em jogo as verdades secretas sobre si mesmo ou sobre seu desejo quanto um elemento do processo de definição e construção do desejo. Quais são as implicações práticas desta distinção?
Foucault — O que eu gostaria de dizer é que, em minha opinião, o movimento homossexual tem mais necessidade hoje de uma arte de viver do que de uma ciência ou um conhecimento científico (ou pseudocientífico) do que é a sexualidade. A sexualidade faz parte de nossa conduta. Ela faz parte da liberdade em nosso usufruto deste mundo. A liberdade é algo que nós mesmos criamos — ela é nossa própria criação, ou melhor, ela não é a des coberta de um aspecto secreto de nosso desejo. Nós de- vemos compreender que, com nossos desejos, por meio deles, instauram-se novas formas de relações, novas for- mas de amor e novas formas de criação. O sexo não é uma fatalidade; ele é uma possibilidade de ascender a uma vida criativa.
— No fundo, é a conclusão à qual você chega quando diz que devemos experimentar tornar-nos gays e não nos contentar em reafirmar nossa identidade de homossexual.
Foucault — Sim, é isto. Nós não devemos descobrir que somos homossexuais.
— Nem descobrir o que isto queira dizer?
Foucault — Exatamente, nós devemos, antes, criar um modo de vida gay. Um tornar-se gay.
— E é algo sem limites?
Foucault — Sim, claramente. Quando examinamos as diferentes maneiras pelas quais as pessoas têm vivenciado sua liberdade sexual… (CONTINUA…)
Para ler o texto completo online ou fazer o download – CLIQUE AQUI!
Para aqueles que gostaram deste post, indicamos também o post “Dois documentários sobre “Foucault: Foucault por ele mesmo e contra si mesmo…”, para ver é só clicar aqui!
…
Arte, poesia e filosofia… Clique aqui e conheça nossa loja!

…
GOSTOU DESTE POST?
QUER RECEBER NOSSAS NOVIDADES E CONTEÚDO EXCLUSIVO EM SEU E-MAIL?
ASSINE NOSSA NEWSLETTER !