Produzido pela National Geographic, o documentário relata a luta do povo de Bougainville contra a mineradora inglesa multinacional Rio Tinto Zinc. O movimento composto por um grupo de mineiros, cria o Exército Revolucionário de Boungainville (Bougainville Revolutionary Army ou BRA, como ficou conhecido) e inicia uma rebelião separatista contra o governo da Papua Nova Guiné, durante os anos de 1988 à 1997.
Até o início dos anos 80, Bougainville era uma ilha pertencente à Papua Nova Guiné, habitada por povos nativos que viviam basicamente de seu ecossistema. Contudo, a mineradora Rio Tinto Zinc recebe do governo a concessão para a exploração dos solos da ilha e destrói boa parte do ecossistema local, poluindo águas, contaminando solos e expulsando famílias de suas aldeias. O líder da comunidade decide, então, explodir parte da infraestrutura da mineradora afim de impedir seu funcionamento, o que ocasiona uma forte retaliação por parte do exército de Papua Nova Guiné provocando a morte de milhares de nativos, incluindo um grande número de crianças.
Tal situação faz com que a comunidade se una e declare independência em relação ao governo. Por sua vez, o governo impõe um forte embargo sobre a ilha – nada sai ou entra – e, este, certamente é um dos pontos mais interessantes do documentário, a forma como estas pessoas se adaptam e realizam uma verdadeira revolução social e ecológica, superando o bloqueio econômico do governo, através da recuperação e invenção de práticas autônomas, muitas delas tendo como matéria-prima principal somente o coco.
